Irmãs
obrigadas a comer no átrio da escola
Três irmãs, de cinco, sete e oito anos, oriundas
de uma família carenciada, têm de almoçar no átrio da escola – afastadas das
outras crianças – e de levar prato e talher de casa, por causa de uma alegada
dívida à Associação de Pais.
Depois de, na
quinta-feira, terem almoçado na rua, ontem já puderam entrar, mas tiveram de
tomar a refeição no átrio da escola de Carvalhos de Figueiredo (Tomar), disse
ao CM a mãe das meninas.
Alexandra Antunes, de 27 anos, adianta que está
desempregada e ainda não conseguiu arranjar dinheiro para pagar os 80 euros
"em dívida desde 22 de Dezembro".
"É uma crueldade
e uma violência. Não houve tolerância nenhuma e agora estão a vingar-se nas
crianças quando querem atingir os pais", salienta Alexandra Antunes.
O pai das menores,
Francisco Antunes, 31 anos, nega a existência de uma dívida e defende que têm
406 euros a receber, nomeadamente de subsídios pagos pela câmara. A Associação
de Pais da EB 1 de Carvalhos de Figueiredo remete declarações oficiais para
segunda-feira à noite, mas o seu presidente, Pedro Fontes, disse ao CM que
"está tudo a ser feito dentro da lei" e que a dívida em questão, no
valor de 480 euros, já vem de anteriores anos lectivos.
Fonte CM